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Jorge Botrel, sócio da JBJ Partners, lista os desafios do profissional brasileiro nos EUA

Trabalhar ou abrir um negócio fora do país é uma oportunidade atraente, mas requer a superação de desafios pelo profissional brasileiro

Redação Revista Empreendedor

Conseguir um trabalho ou decidir abrir um negócio nos Estados Unidos é, na maioria das vezes, uma oportunidade atraente para expandir horizontes, ganhar dinheiro e melhorar a qualidade de vida. “É um passo grande e que exige uma análise mais profunda dos benefícios e desafios que o profissional brasileiro vai experimentar quando decidir bater o martelo e morar fora do país”, diz Jorge Botrel, sócio da JBJ Partners, empresa especializada em empreendedorismo, consultoria de negócios e expatriação para os EUA.

O especialista atua desde 2015 na ponte Miami – São Paulo, ajudando os clientes que desejam estabelecer um negócio nos Estados Unidos, assim como suportando a obtenção dos seus respectivos vistos de moradia.

A seguir, conheça os principais desafios relatados por brasileiros que vivem e trabalham legalmente nos EUA:

Objetividade: No mundo corporativo, os americanos em sua maioria são práticos e objetivos, e costumam ir direto ao ponto quando negociam ou participam de reuniões. Para os brasileiros, que estão acostumados com uma conversa inicial para quebrar o gelo ou uma introdução mais leve, isso pode parecer, à primeira vista, que os americanos são rudes, quando na verdade, eles querem usar o tempo no trabalho de forma eficaz, sem enrolações.

Incertezas: É comum que o profissional brasileiro chegue aos EUA com um visto de trabalho, visto de investidor ou até mesmo com o Green Card. Qualquer que seja o seu documento de permissão de trabalho nos EUA, o mesmo terá data de expiração. E até o momento, nenhum visto garante a possibilidade de permanência no país por tempo indeterminado. Se o(a) profissional quiser continuar morando/trabalhando nos EUA após a data de expiração, ele(a) deve começar um processo de renovação tanto do visto ou do Green Card, ou se possível, aplicar para a cidadania americana. Por isso, é recomendado buscar a ajuda profissional de consultorias especializadas em imigração que mostrem como desenrolar o processo de forma correta e aumentar a probabilidade de permanência no país de acordo com cada caso.

Adaptação às regras de trabalho: Os contratos de trabalho nos EUA são geralmente bem mais simples e com menos burocracia, quando comparados às normas da CLT no Brasil. As empresas têm que seguir as leis trabalhistas federais e estaduais, mas lá não existe o décimo terceiro salário, a multa contratual de 40% sobre o FGTS em caso de demissão ou aviso prévio, por exemplo. As férias costumam ser tiradas em dias úteis avulsos, ou até em horas, e em várias empresas você pode tirar, por exemplo, 4 horas de férias, ou 3 dias, sem necessidade de explicar o motivo, desde que a saída seja acordada previamente com a empresa.

Inglês: Por mais que o profissional domine o inglês, é bem comum aparecer algum comentário que ele provavelmente não vai entender. Pode ser referente a algum costume local, uma piada clássica da cultura, uma metáfora de um comercial que não viu, algum assunto relacionado a esportes e que ele nunca ouviu falar, ou até mesmo algum caso antigo e comum aos envolvidos na situação, menos ao brasileiro no grupo.

Adaptação à nova vida e ao trabalho: Mudar de país, procurar um novo lugar para morar, aprender e colocar praticamente todas as áreas da vida no eixo novamente, e ainda impressionar no novo trabalho, são situações que demandam tempo e energia. E são situações que andam juntas e que o profissional terá que tocar simultaneamente, sem poder contar com a flexibilidade ou tempo necessários para esta grande mudança de vida. O trabalho tem que ser concluído independentemente da sua turbulenta situação inicial, os prazos continuam e é esperado que o profissional consiga entregar resultados de acordo com as expectativas, mesmo que esteja muito ocupado com a sua estruturação pessoal no novo país.

Sobre JBJ Partners

Empresa sediada em Miami, voltada a suportar empresas brasileiras que desejam levar seus produtos e serviços ao mercado americano, assim como ajudar com o processo de expatriação dos empresários.

O sócio Jorge Botrel é administrador de empresas pela FEA-USP com extensão pela Universidade de Turku (Finlândia), com MBA executivo em finanças pelo Insper e especialização em vendas e estratégia por Harvard Business School (EUA). Antes de atuar como consultor, trabalhou durante 17 anos em posições executivas pelas áreas comercial, marketing e planejamento de vendas e operações, em empresas como Credicard, Vivo e Nextel, onde foi o diretor comercial nacional. Atua desde 2015 na ponte Miami – São Paulo, ajudando os clientes que desejam estabelecer um negócio nos Estados Unidos, assim como suportando a obtenção dos seus respectivos vistos de moradia.

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